[TETSU] Centro Comercial

A movimentação no Centro Comercial era realmente impressionante naquela tarde fria de Tetsugakure. Tentava abrir caminho em meio a multidão e cruzar o local para que chegasse as lojas de armas, mas isso iria demorar muito pelo visto.

Sendo assim, decidi pegar atalhos para chegar mais rapidamente.

Arma:

thanks, ♛ and ▲

— Você é bem educada, Akame-Sama. A porquinha falou, tentando puxar algum assunto comigo. Infelizmente, aquilo fora em vão, visto que eu acabei não prestando muita atenção. Meus olhos estavam fitando uma grande movimentação de pessoas que se cenetralizava no Centro Comercial.

Apenas continuei meu caminho pelas ruas de acesso geral de Tetsugakure, onde eu teria coisas a fazer.

Nanao
Nanao é uma pequena porquinha que não se lembra muito bem de onde veio, ou como chegou em Tetsugakure. Tudo o que sabe é que foi rejeitada e ficou por anos na Loja de Animais. Ninguém a queria por ser tão pequenina e também aparentar ser tão inofensiva. Tem uma personalidade carinhosa, maternal e gosta de ser prestativa e ajudar no que pode. Tem um interesse muito grande pela área medicinal, e um dia sonhou ser uma grande cirurgiã e ajudar uma vila inteira. Em sua orelha direita carrega uma pequena fita com umas inscrições em uma língua não conhecida; um verdadeiro enigma tal como seu passado. Costuma assumir a aparência de uma senhora com bengala, além de ser uma mestre em disfarces.

Arma:

thanks, ♛ and ▲

Rapidamente chego no apinhado Centro Comercial, que pareci mais movimentado do que nunca.

Evitava o máximo que podia ir para aquele local, mas era impossível nunca ir, uma vez que até mesmo eu precisava de mantimentos. No entanto, mesmo para mim, aquela agitação parecia demasiada para um dia comum.

Vou seguindo, abrindo espaço empurrando as pessoas que se amontoavam em meu caminho. Odiava aquele contato tão físico com tantas pessoas suadas e fedidas, mas não havia outra opção, pois eu precisava seguir em frente, e agora também queria saber o que estava acontecendo.

Quando cheguei no meio da praça, pude avistar um palanque improvisado que haviam montado e, em cima dele, uma das figuras mais famosas do país: o próprio Tetsukage.

Fiquei bastante surpreso ao vê-lo ali, principalmente por conta da mensagem que acabara de receber, motivo pelo qual decidi ouvir o que ele tinha a dizer.

Consegui pegar a maior parte de seu rápido e fajuto discurso. Era subestimar demais a inteligência dos Shinobis da vila dizendo que o país mais rico de todos não conseguiu verba o suficiente para a inauguração de um mísero porto. Ah, claro. A não ser, é claro, que ele tenha esquecido de dizer que a verba arrecadada com os Shinobis, já pobres, não fora o suficiente. Ou esquecera ou imaginara que seria um pouco desfavorável à sua popularidade abrir o jogo assim com um povo que, apesar de não ser seu, atualmente vivia em seu território.

Me perguntei o que ele quisera dizer com "hoje sustenta toda a economia mundial", uma vez que a cortina de ferro, há muitos anos, haviam isolado o país completamente dos outros. Não fora justamente lutando pelo direito dos Shinobis, dos que haviam ficado aprisionados dentro do país e os que passavam fome fora, que minha mãe morrera há sete anos? Como um nobre samurai ridículo como aquele ousava mentir descaradamente como fazia?

Senti meu sangue subir até quase entrar em ebulição, mas controlei minhas emoções. Não era hora nem lugar de extrapolar.

Uma nova informação me deixou muito curioso, no entanto. Ele disse que chegaria uma embarcação do País da Água. Será que o Tsuchikage havia, afinal de contas mudado seu posicionamento inicial e decidido abrir seu coração de aço para o resto do mundo e se aliado ao meu país natal? Parecia estranho.

Enquanto refletia, o movimento ia diminuindo para o normal, uma vez que o Tsuchikage, após transmitir sua mensagem, se retirara, de forma que as pessoas voltaram a seguir seu rumo. Me perguntei se aquele pronunciamento e se a carta que recebera estavam ligados. Será que eu havia sido convocado para servir de trabalhador braçal e descarregar as mercadorias que o país receberia? Não importava. Agora eu precisava saber o que estava acontecendo e, mesmo que fosse isso, o faria sem reclamar... sem reclamar muito.

Voltei à minha tarefa de seguir até a loja de armamentos, em busca do item do qual precisava, para depois seguir pelo portão de entrada rumo ao Caminho Sagrado, referido na carta como o melhor caminho para seguir.

O Rubro Rubi - 10/10

Em meio à tantas pessoas, eu me encontrava perdida. Oras, seria difícil simplesmente adivinhar quem havia solicitado a entrega daquele rubi. Caminhei entre as lojinhas, olhando tudo ao meu redor e procurando alguém que parecesse ser o responsável pelo pedido da jóia.

— Quem pode ser? Completamente perdida me meio àquele mar de gente, olhava em vão para todos os lados, mas sem deixar que o desespero tomasse conta de minhas ações. Por sorte, senti um toque em meu ombro e, ao virar-me, deparei-me com uma senhora de cabelos grisalhos e trajada com um kimono inteiramente vermelho. Em seu pescoço, havia um colar daquelas pedras escarlates. — Você...

Ela sorriu. "Creio que esteja fazendo uma entrega de rubi, minha criança?" Assenti com a cabeça. "Então deduzi certo, hahaha." Provavelmente havia achado estranha a maneira como eu olhava para os lados a procura de algo o alguém. Bem... Eu tinha minhas desconfianças, mas a julgar pela forma que se vestia, ela realmente parecia estar relacionada à Rubiigakure. Inclusive, o senhor que me dera a jóia no Monte Gagazet trajava um kimono parecido. É, parece que eu havia encontrado.

Delicadamente, retirei a caixa da pedra de dentro de meu kimono e a depositei nas mãos já abertas da mulher, agradecendo-a numa reverência e retirando-me dali em direção às Ruas de Acesso. Ouvi sua voz num "Agora posso dormir em paz" antes de retirar-me do Centro Comercial, virei-me para trás após ouvir tais palavras, mas não a achei novamente.

Estranho...

Missão Escolhida:

The lofty snow and the aggressive cold.

Como de costume, o Centro Comercial estava movimentado, mesmo de noite. Passei por lojas e mais lojas que vendiam os mais diversos produtos por Tetsu; aquele era praticamente o local onde os mercadores se reuniam e geravam seus lucros.

— Com licença. Pedi para um senhor que estava vendendo alguns brinquedos de pelúcia. Ainda me perguntou se eu queria um, mas eu preferi não respondê-lo: continuei seguindo para meu destino - estava precisando de armas novas, afinal.

The lofty snow and the aggressive cold.

Passei pelo Centro Comercial sentindo os itens que havia comprado se balançar durante meus movimentos dentro do kimono e manto. O capuz que encobria minha cabeça me protegia da neve que caía - aos poucos fui me aproximando das ruas de Tetsu, deixando toda aquela multidão para trás.